Olhar a Cultura, perspectivar o futuro
No arranque de um novo mês de publicação da Blimunda, e em jeito de balanço destes primeiros dias da nova vida da revista, fica o agradecimento a todos os leitores que a visitaram e que partilharam as suas diferentes entradas. E, claro, também um agradecimento a toda a equipa que a produziu, desde a fase de concepção e desenvolvimento técnico, até à produção dos textos.
O futuro da Blimunda está aí.
Neste momento continuamos mergulhados na incerteza que o vírus teima em manter, uma incerteza que nos atinge de maneiras diferentes, provocando ansiedade, medo, dificuldade em perspectivar o futuro, de que dois dos textos publicados no mês de fevereiro, aqui e aqui, são bom exemplo. Na área da Cultura mantém-se a paragem quase total com os efeitos adversos que dela resultam. Salas fechadas, perda de rendimentos, dificuldade de fazer face a despesas diárias, são a conclusão que se retira da situação de um sector que foi dos mais, se não o mais atingido pela paragem a que fomos sujeitos.
Mas, este é também um retrato que permite perceber que nem todas as dificuldades nasceram com o vírus. O que daqui fica é a imagem de homens e mulheres, tantas vezes apelidados de trabalhadores intermitentes, como se só quando se está em cima de um palco ou se lança um livro, se estivesse a trabalhar. Este é um trabalho que nada tem de intermitente e que como tal deve ser visto e enquadrado.
Como acima é dito, continuamos mergulhados na incerteza. Mas uma certeza se mantém, a de que a Cultura é fundamental, essencial, para que o futuro possa ser diferente e para que possamos dotar-nos de maior capacidade para enfrentar as dificuldades que temos pela frente.