O que vem à rede Sara Figueiredo Costa 29 Junho 2021

Guardar papéis
O destino dos arquivos editoriais e a sua importância para a história e a memória colectiva.

O tempo passa, as editoras mudam de mãos, reconfiguram-se, desaparecem, e os seus arquivos nem sempre sobrevivem para atestar uma memória cultural que é tão essencial à nossa memória colectiva. Sobre essa perda escreve Consuelo Sáizar de la Fuente no site Letras Libres, num texto que se debruça sobre a realidade espanhola, mas que é uma radiografia pertinente das mudanças editoriais e da importância dos seus arquivos em qualquer contexto geográfico. «Una editorial es, parafraseo a Roger Chartier, un proyecto intelectual, estético, ideológico y –añado– también un actor político: su catálogo es la cartografía de lo que quiere hacer público, lo que quiere divulgar, la conversación (como ha dicho Gabriel Zaid) que quiere provocar; los títulos que edita son una brújula de su tiempo, y su archivo, la memoria de discusiones editoriales que tienen como propósito llegar a un acuerdo sobre un título, negociar cambios en el texto, afinar detalles del contrato, de pagos de anticipos y regalías, del alcance de la distribución.» Se perdermos essa bússola, perdemos igualmente a lucidez e o conhecimento sobre o tempo que nos cabe para viver.

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