Estante Andreia Brites
Sara Figueiredo Costa
6 Fevereiro 2021

Espera, Miyuki
Roxane Marie Galliez
Seng Soun Ratanavanh
Orfeu Negro

Nesta parábola sobre a lentidão e o respeito pelos ritmos da natureza uma menina anseia pelo desabrochar de uma flor no primeiro dia de primavera. A experiência da ansiedade e da ação permite-lhe refletir, com a ajuda do sábio avô, sobre o seu próprio desejo. A ilustração aposta em padrões e formas do universo bucólico, com forte presença do branco para acentuar a claridade e limpidez da narrativa, acrescentando-lhe um sentido estético harmonioso e equilibrado.


Projectar a Ordem – Cinema do Povo e Propaganda Salazarista 1935-1954
Maria do Carmo Piçarra
Os Pássaros

Entre o cinema e a história recente de Portugal, um estudo detalhado sobre as relações entre o grande ecrã e a propaganda através da acção do Cinema Ambulante do Secretariado Nacional da Propaganda e do Cinema do Povo, que levaram filmes de elogio ao regime a inúmeros locais, de grandes praças a pequenos pátios de escolas em aldeias mais ou menos remotas.


Chicago-Marte Por 15 Centavos.
Una Historia De Las Revistas Pulp
Javier Jiménez Barco
Diábolo Ediciones

Um percurso pelas páginas de papel barato que compunham as revistas pulp, esse fenómeno do século XX onde nasceram mitos da literatura popular como Tarzan ou Fu Manchú e onde se desenvolveram de modo peculiar géneros literários como a ficção científica ou os policiais.


Um bolo para o lanche
Christian Voltz
Kalandraka

No seu estilo muito característico o ilustrador regressa ao tópico dos vegetais, agora no prato e não na terra. Desta feita há um convite para o lanche e o cozinheiro depara-
se com dúvidas sobre como cozinhar um bolo. A ajuda de alguns animais resultará num prato surpreendente que, não sendo um bolo, vai agradar à convidada. A composição plástica do álbum, com recurso à colagem e a materiais de texturas diversas, entre fibras, cabos de madeira, taças ou colheres de pau, reforça o sentido histriónico do humor de Christian Voltz.


O Cânone
António M. Feijó, João R. Figueiredo e Miguel Tamen (Org.)
Tinta da China

Chama-se O Cânone, mas assume não ser a escolha das escolhas, aquela que quer ser lei. Neste volume, reúnem-se ensaios de crítica literária e propõe-se um percurso, feito de vários olhares e leituras, sobre a história da literatura portuguesa. São cinquenta autores, para além de grupos, escolas, movimentos e revistas, a partir dos quais se afirma uma espécie de ponto da situação.


1984
Fido Nesti
(A Partir De George Orwell)
Alfaguara

O autor brasileiro Fido Nesti assumiu a tarefa de recriar o romance mais famoso de George Orwell em banda desenhada, numa versão que não se deixa dominar pelas referências do filme de Michael Radford, criando o seu próprio universo visual a partir do texto original.


Histórias de animais que mudaram o mundo
Marcelo E. Mazzanti e Mar Guixé
Nuvem De Tinta

Organizado por temas, este livro segue a lógica de outros títulos como Histórias de adormecer para Raparigas Rebeldes ou Histórias para Rapazes que ousam ser Diferentes. A cada página par, a história de um animal que se destacou na ciência, no resgate de alguém ou por uma capacidade extraordinária é relatada de forma muito sucinta, dando ênfase às características do animal em destaque. Nas páginas impares, por seu turno, encontra-se o retrato ilustrado da personagem. Serve como introdução à História e alimenta a curiosidade enciclopédica, embora quer o texto quer a imagem não vão além do superficial.


Uma história popular do futebol
Mickaël Carreira
Orfeu Negro

Voltando as costas ao futebol dos grandes negócios, às transacções milionárias e aos clubes como marcas de consumo, Mickaël Carreira percorre a história do futebol a partir das lutas políticas, da conquista de espaço e direitos pelos mais desfavorecidos, da afirmação de identidades e vozes que encontram na troca de bola um modo de socializar, debater e lutar.