O que vem à rede Sara Figueiredo Costa 6 Setembro 2021
@ Fernando Calvo / Moncloa

Reivindicar a herança de Saramago
José Saramago e a sua inquietação crónica reivindicados pelo presidente do Governo Espanhol como modo possível de intervir no mundo em que vivemos.

O presidente do Governo Espanhol, Pedro Sánchez, esteve em Lanzarote para assistir à apresentação do programa que assinalará o centenário do nascimento de José Saramago. Naquela que foi a residência do escritor na ilha espanhola, Sánchez defendeu a importância de reivindicar a memória e o legado de Saramago, indo um pouco além da simples rememoração. Reflectindo sobre o actual momento da vida colectiva de Espanha, sobretudo focando-se na pandemia e nas suas consequências, o presidente do Governo Espanhol desmontou a ideia de pessimismo atribuída à obra e à intervenção cívica do Nobel, apontando para uma inquietação que era motor de sonhos e objectivos: «Pedro Sánchez ha asegurado que, releyendo la obra de Saramago, visitando de nuevo su casa, tiene “la impresión” de que el escritor no era tan pesimista como se lo ha descrito, sino que en realidad era un “gran impaciente”, alguien al que llenaba de “impaciencia y desasosiego” ver que no llegaba esa “sociedad más libre, más cohesionada, construida sobre fundamentos profundamente humanos” que ansiaba.Por eso ha considerado que, “ahora que las energías vuelven, porque la esperanza nunca se perdió del todo”, se puede honrar la memoria de José Saramago trabajando por aprovechar “un tiempo de cambio”, sin conformarse con “volver al punto de partida”, y por contribuir a que esa sociedad que “soñaba” esté cada vez más cerca.»

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