Penso que cometemos um erro grave quando esquecemos os nossos mortos, crendo que essa é uma maneira de negar a morte. Também tentamos negar a velhice quando retiramos os velhos da vida afetiva e social. Nesse momento começamos a esquecê-los. Como está escrito em Todos os Nomes, só o esquecimento é morte definitiva. Aquilo que não foi esquecido continua vivo e presente.
Último Caderno de Lanzarote, 2018