Jean Moulin, a sombra não apaga a cor
João Paulo Cotrim
Tiago Albuquerque
APCC
A biografia do grande resistente francês é narrada com poesia. Sem a preocupação de ser fiel à ordem cronológica, o texto começa por dar ao leitor a atmosfera pesada, opressora, terrífica e destrutiva da guerra. Se a dedicação e a coragem de Moulin seriam sempre dignas de admiração e respeito, depois de traçado o contexto do horror, o mais novo prefeito francês, renascido na clandestinidade para ajudar a organizar a resistência francesa ao exército e regime nazi, ganha um lugar de herói na história da 2ª Guerra Mundial.
Depois se recua à infância deste homem que, para além do seu interesse pela res publica, era também um artista. Agora os seus passos seguem a ordem cronológica e o que tinha sido sugerido é confirmado com ações e factos.
Esta biografia tem um sentido de homenagem e de alerta para o perigo da guerra e para a iminência da morte. Os quadros parcelares representados nas ilustrações, bem como o jogo de complementaridade entre cinza, preto, vermelho e azul ampliam o sentido dramático da vida deste homem que a França ainda hoje recorda.