Brutalismo
Achille Mbembe
Antígona
Tradução de Marta Lança
Nos velhos livros de ficção científica do início da era industrial, as máquinas iriam tomar conta dos seres humanos. Teremos chegado a esse ponto, mesmo sem assistirmos ao desfile de grandes robots de lata, sempre com forma humana, nos darem ordens? O mais recente livro de Achille Mbembe reflecte sobre a tecnologia, o algoritmo e a profunda influência que exercem na organização da nossa vida comunitária. Com o sistema capitalista rodando sem freio e o mundo cada vez mais unificado (mais igual nos consumos e na aparência, mas também na miséria e na precarização das vidas), é mais do que tempo de reflectir sobre até onde queremos desumanizar-nos e deixar que uma sucessão de zeros e uns, invisíveis e no entanto tão presentes, nos governe.