
O capital lava mais verde
Os produtos com etiqueta verde rodeiam-nos, como se fossem a panaceia para a crise climática e os tremendos problemas que colectivamente enfrentamos, mas até que ponto boa parte desses produtos são realmente uma solução?
Um texto de Jaqueline Sordi, publicado no site jornalístico Sumaúma, traz várias respostas a essa pergunta, ampliando a questão para o quão prejudicial é o chamado greenwashing, para a saúde do planeta propriamente dita e, sobretudo, para a possibilidade de revertermos a situação.
«Em uma década considerada crucial para evitar os piores cenários das mudanças climáticas, esse tipo de prática acaba representando um dos maiores obstáculos na busca por um futuro possível, afirma a Organização das Nações Unidas (ONU). No mais recente relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), pesquisadores afirmam que até 2030 é preciso uma ação urgente para cortar quase pela metade as emissões de gases de efeito estufa e, ao mesmo tempo, adaptar a sociedade global aos impactos. Enquanto houver empresas, organizações ou governos vendendo uma falsa sensação de progresso no combate à crise climática, mais distantes ficamos todos de soluções reais.»
Jaqueline Sordi percorre vários tipos de greenwashing, estabelecendo a origem do termo e expondo as múltiplas práticas do género que permitem a grandes empresas poluidoras agirem publicamente como se estivessem realmente preocupadas com o futuro comum da humanidade. É um texto simples e directo, um bom ponto de partida para explorar a questão de forma mais aprofundada e uma ferramenta útil para desmontar discursos fraudulentos sobre as questões ambientais.