Livro da Doença
Djaimilia Pereira de Almeida
Relógio D’Água
«No momento em que morreu, Joaquim escrevia um livro que nunca me mostrou. Meu pai, meu estranho. Ouvi falar da sua obra inacabada desde criança.» Assim começa a primeira parte do novo livro de Djaimilia Pereira de Almeida, uma composição que parece fazer-se de vários livros, sempre assombrados por um livro que nunca se acabou de escrever e em torno do qual a narrativa vai percorrendo a presença da morte – de várias mortes –, o exercício da memória e as vidas que se abrem a partir do gesto de pegar na linguagem e narrar.