Estante Andreia Brites 15 Janeiro 2024

Frankenstein 
Mary Shelley
Fábula 
Tradução de Carla Maia de Almeida

Este é mais um dos clássicos que a Fábula vem editando numa coleção com um design que se deseja juvenil, como se verifica pela ilustração de David Pintor para a capa.

A história do monstro que nasce de um desejo egocêntrico fundido com uma obsessão científica de Victor Frankenstein é conhecida de muitos. Porém, é a narrativa, com todos os juízos e conflitos emocionais, que lhe confere o estatuto devido de clássico da literatura.

No excelente prefácio a esta edição, Carla Maia de Almeida, que também assume a tradução da obra, trata de a contextualizar na época, de destacar as suas principais características e de a relacionar com o tempo histórico e o presente. O leitor inicia esta leitura com o contexto prévio necessário para melhor se adentrar no texto sem perder o espanto e a surpresa, que logo se iniciam com a estratégia de deslocar um primeiro narrador para alguém que, como nós leitores, vai ser iniciado nesta história terrível e espantosa. O ritmo, as estruturas sintáticas e o depuramento lexical que a tradução conseguiu garantir permitem ainda uma fluidez de leitura para um leque significativo de leitores, mais ou menos jovens.

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