Cadernos para alimentar meninges
No site da Mural Sonoro, há mais de vinte cadernos com textos de diversas autorias, uma biblioteca que vai crescendo para gáudio de leitores e gente inquieta com o mundo.
A associação Mural Sonoro é um colectivo que reúne autores e fruidores de áreas como as artes performativas, a literatura, a história, a filosofia e as artes visuais. O seu trabalho espalha-se em diversas direcções, sendo uma delas a publicação dos cadernos AH!, reunindo textos originais e em tradução que, de muitos modos, se relacionam com os trabalhos desenvolvidos pelo colectivo.
Em formato digital, com uma paginação simples, cuidada e mesmo a pedir existência em papel, os cadernos AH! contam já com 24 números. O mais recente publica o texto Humanismo Criminoso, assinado pelo Grupo Surrealista de Paris no início da década de 30 do século passado, com tradução de Fernando Ramalho. Percorrendo a estante virtual que estes cadernos já compõem, encontram-se traduções de textos de Hans Magnus Enzensberger (Duas notas sobre o fim do mundo), Léon Trotski (Céline e Poincaré: Romancista e político), María Zambrano (Os dois pólos do silêncio) ou Antonin Artaud (Revolta contra a poesia), bem como originais da autoria de Margarida Rendeiro (Sobre romances históricos e anacronismos), Madalena Andaluz (Sílabas secretas, conversas incendiadas) ou Soraia Simões de Andrade (Reconstruir Ideários I – Tradições pró-modernidade).