Estávamos nós nisto, atrasando o momento da revelação, duvidando ainda se não haveria modo de encontrar uma solução mais dramática ou, o que seria ouro sobre azul, com mais potência simbólica, quando se ouviu o fatal grito, Há aqui uma aldeia. Absortos nas nossas lucubrações, não tínhamos dado por que um homem se havia levantado e subido a pendente, mas agora, sim, víamo-lo aparecer entre as árvores, ouvíamo-lo repetir o triunfal anúncio, embora sem pedir alvíssaras, como havíamos imaginado, Há aqui uma aldeia. Era o comandante. O destino, quando lhe dá para aí, é capaz de escrever por linhas tortas e torcidas tão bem como deus, ou melhor ainda.
A Viagem do Elefante