A mais extraordinária das criações do homem é a palavra. A tal ponto que, criatura do homem, é, por sua vez, criadora de humanidade. Não me atrevo a jurar que a palavra tenha existência autónoma, mas observo-a como a um ser com vida própria, que se move, e que produz.
Produz, o quê? Precisamente, tudo.
José Saramago, junho de 1985