O novo livro de Adília Lopes retoma a observação do quotidiano, cruzando as reflexões sobre os dias e a memória com uma gramática que procura a liberdade desordenada dos pardais. Um excerto:
«Quando andava na Faculdade de Ciências, estudava astronomia, as leis de Kepler, mas não andava de noite a ver as estrelas e a lua. Quando andava na Faculdade de Letras, estudava a Cantiga de Amigo “Bailemos nós ja todas tres, ai amigas / ao aquestas avelaneiras frolidas”, mas não dansava. A minha vida estava errada. Mas estudar foi bom.»