Um miminho tão bom
Seng Soun Ratanavanh
Orfeu Negro
Tradução de João Van Zeller
Este pequeno livro de pano, destinado à primeira infância, apela ao tacto e à exploração sensorial. Pode ser mordido, molhado, apertado. Não há risco de se rasgar, vincar ou perder páginas. As ilustrações, à imagem de outras da autora, respeitam um universo folclórico com padrões geométricos e florais. As figuras são delicadas e expressivas. O texto é instrutivo, propondo gestos delicados e afetivos na relação com as personagens. São cinco figuras de animais – um rato, um esquilo, um ouriço, um coelho e um macaco – que podem ser mimados pelo pequeno leitor. Apesar da dimensão, este livro apresenta várias linhas de leitura: a da identificação de elementos, a da audição de estruturas linguísticas, a da imitação e replicação de gestos, a identificação de emoções e sensações. Inicialmente mediada, esta é uma leitura que se autonomiza e permite ao pré-leitor estabelecer uma relação afetiva e cognitiva de qualidade com o livro.