Obrigado, Miyuki!
Roxane Marie Galliez
Seng Soun Ratanavanh
Orfeu Negro
Miyuki, a menina curiosa e inquieta, regressa num novo álbum ilustrado. Desta feita, o dia começa com a sua impaciência perante a concentração e imobilidade do avô, que medita.
Perante o seu desejo de aprender a meditar, o avô proporciona-lhe uma delicada sucessão de experiências sensoriais a que a menina não atribui o seu verdadeiro alcance. Assim se tece a aprendizagem da fruição, com o amparo do sábio ancião que aqui e ali vai dirigindo a neta para o momento presente.
À imagem do álbum anterior, a suavidade do traço fino e detalhado, os padrões e as figuras naturais remetem para a harmonia entre a natureza e a existência humana, em permanente redescoberta. O espanto de Miyuki quando lhe é revelado que já havia meditado tem um duplo sentido: o júbilo por ter conseguido e a consciência dessa aprendizagem.