Na madrugada do 25 de Abril, quando acordado por um telefone que gritava palavras de alegria torrencial, abri a janela para a noite, o que pensei não foi: «Já não vou ser preso», mas sim: «Estou liberto» (…) É madrugada, dou por mim nesta varanda da Madragoa, ainda hão-de passar horas antes que nasça o Sol, mas o dia começou. Amanhã, daqui a pouco, Portugal descerá à rua para descobrir a liberdade e ficar com ela.
Lição de vontade, texto publicado n’O Diário, 25 de Abril de 1993