Editorial 7 Dezembro 2022

É momento de agradecer

Embora ainda estejam a ser realizadas neste mês de dezembro algumas atividades em alguns países, as comemorações do Centenário de José Saramago encerraram oficialmente no dia 16 de novembro, data do centésimo aniversário do escritor e exatamente um ano depois do início da programação proposta pela Fundação José Saramago (FJS) para assinalar a efeméride.

Durante os meses de celebração surgiram, de forma espontânea e em diversas partes do mundo, centenas de iniciativas que enriqueceram o programa que a FJS lançara com a ajuda de vários parceiros. Impossível mencionar todas as pessoas e instituições que participaram neste Ano Saramago, que contou com atividades realizadas por escolas, universidades, bibliotecas, livrarias, coletivos de leitores, e também por teatros, centros culturais, espaços expositivos, festivais literários, pelas embaixadas de Portugal e Centros do Instituto Camões espalhados pelo mundo. Graças a essas ações, o Centenário transformou-se em algo muito maior, mais diverso e plural do que se podia imaginar no início do planejamento. É importante também ressaltar o papel fundamental desempenhado pelas editoras, responsáveis por publicar livros de e sobre José Saramago, e por criadores e criadoras que desenvolveram obras a partir de palavras escritas ou ditas pelo autor de Que farei com este livro?, para que a festa ficasse completa.

A Fundação José Saramago agradece a todas as pessoas que participaram no Centenário e, em especial, aos leitores, que são o verdadeiro motivo da realização deste trabalho. José Saramago assumiu-se escritor ao perceber a existência de pessoas dispostas a ler o que escrevia. “Os leitores transformaram-me em escritor. Por outras palavras: só descubro que sou escritor quando verifico que tenho leitores”.

Só fazia sentido o esforço para celebrar o Centenário de José Saramago porque os seus leitores continuam e continuarão, estamos certos, a existir.