Agosto, mês de férias e não só
Chega agosto, mês de férias por excelência. E com ele chegam boas notícias, que apontam um caminho de maior liberdade depois de meses de constrangimentos por via de uma pandemia que veio condicionar a vida tal como a conhecíamos. Para a cultura, área fundamental da nossa vida, estes foram meses de grandes mudanças, de esvaziamento quase completo da actividade profissional de tantas e tantos que fazem dela a sua profissão. Nos próximos meses veremos quais as marcas permanentes que ficaram e de que forma será possível retomar estas actividades que, para além de criarem riqueza e avanço civilizacional, são também factor de riqueza económica e financeira. Seria importante que os apoios que chegaram de forma insuficiente fossem pensados numa perspectiva mais duradoura, dando a perceber aos que criticam a sua atribuição que a cultura deve ser apoiada pelo Estado, libertando os seus trabalhadores, os seus criadores, das regras de mercado que levam a que apenas os trabalhos culturais de carácter mais comercial sejam apoiados. A cultura quer-se plural e para que assim seja precisamos que mesmo a que se destina a nichos seja também apoiada. Só desta forma, mantendo e apoiando essa pluralidade, estaremos a contribuir para que mais públicos sejam criados, e com eles se assista ao avanço social que se pretende.
Para isso, também está a Fundação José Saramago e a sua revista Blimunda, que desde a primeira hora abriram espaço a propostas de diferentes características e origens, tendo sempre presente que nasceram para ser plurais e diversas.
Boas férias, e até já!