Editorial 4 Fevereiro 2025

Continuar a ler

José Saramago, aquando da criação da Fundação que leva o seu nome, manifestou o desejo de que se olhasse com carinho para a obra de autores e autoras de língua portuguesa que já tinham “deixado de estar”. O autor de Todos os  Nomes chegou a participar em algumas atividades da Fundação sob esse mote, como as dedicadas a Jorge de Sena ou a José Rodrigues Miguéis.   

Neste ano de 2025, a FJS regressa a uma linha de programação que vai ao encontro desse desejo do seu criador. No ciclo “Continuar a ler”, quatro especialistas abordarão a obra de quatro criadores e criadoras de língua portuguesa. No dia 26 de março, Gustavo Rubim falará sobre Carlos de Oliveira. A 28 de maio, Raquel Sabino explora a obra de Maria Judite de Carvalho. Luandino Vieira é tema da aula de Ana Paula Tavares, no dia 24 de setembro. E, a 26 de novembro, Ana Paula Arnaut encerra o ciclo com uma aula sobre Maria Velho da Costa.

Em dezembro de 1998, ao receber o Prémio Nobel, José Saramago fez questão de agradecer aos escritores portugueses e de língua portuguesa, “aos do passado e aos de agora”. “É por eles que as nossas literaturas existem, eu sou apenas mais um que a eles se veio juntar”, disse então o autor de Memorial do Convento. Foi, também, para honrar essas palavras que a Fundação José Saramago preparou o ciclo “Continuar a ler” e outras atividades para o ano de 2025.
Continuemos!