A vez dos deveres humanos
No mês em que se celebram o 75º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos e os 25 anos da atribuição do Prémio Nobel de Literatura a José Saramago, a Fundação José Saramago, em parceria com a OEI (Organização do Estados Ibero-americanos), inaugura uma exposição que pretende divulgar a proposta de Declaração de Deveres Humanos, projeto iniciado pela Fundação José Saramago.
A ideia nasceu de uma vontade de José Saramago expressa no seu discurso, proferido a 10 de dezembro de 1998, em Estocolmo, data em que a Declaração Universal de Direitos Humanos cumpria meio século de vida. “Tomemos então, nós, cidadãos comuns, a palavra e a iniciativa. Com a mesma veemência e a mesma força com que reivindicarmos os nossos direitos, reivindiquemos também o dever dos nossos deveres. Talvez o mundo possa começar a tornar-se um pouco melhor”, disse José Saramago na ocasião.
Em 2015, reunidos no México e convocados pela UNAM (Universidade Nacional Autónoma do México) e pela Fundação José Saramago, várias dezenas de especialistas em diversas áreas elaboraram uma proposta de Declaração de Deveres Humanos, documento que posteriormente, em 2018, foi levado às Nações Unidas e entregue em mãos ao seu secretário-geral, António Guterres.
Agora, pretende-se que este documento circule pelo mundo, seja debatido, discutido e posto em prática. Para isto, foi criada uma exposição e uma página web com o texto da proposta de declaração e imagens do fotógrafo Gervasio Sánchez. O design gráfico da mostra ficou a cargo do atelier Silvadesigners.
A exposição está disponível em três idiomas (português, espanhol e inglês, os mesmos em que a página Web é publicada) para escolas, universidades, bibliotecas e outras instituições que queiram abraçar a iniciativa.
Em resposta, receberão um link para descarga dos ficheiros ficando a seu cargo a respectiva impressão e montagem. Até ao fim do mês a mostra será apresentada no Largo José Saramago, graças a uma parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, e, no dia 22 deste mês, também no espaço do Banco de Portugal/Museu do Dinheiro – Lisboa.
Reivindiquemos o dever dos nossos deveres!