Terror português
Um novo portal reúne artigos, entrevistas, perfis e antevisões sobre o que de mais interessante se faz em Portugal no género do terror e áreas afins.
Está on-line há pouco tempo, mas já tem para ler um conjunto de artigos, entrevistas e contos que merece paragem. A Fábrica do Terror será certamente lugar obrigatório para os muitos apreciadores do género, mas também para os leitores, espectadores e público das mais diversas formas de expressão que aqui encontrarão matéria de reflexão sobre o terror que se cria em Portugal. Cinema, literatura, banda desenhada são, por agora, as linguagens mais presentes, mas percebe-se, pela carta de intenções do portal, que a ementa será alargada à medida que mais criações venham a surgir ou a merecer revisita: «Sabíamos que o terror português existia (e em vários formatos), mas dificilmente conseguíamos saber dele fora dos circuitos dos festivais dedicados ao género. Também sabíamos que o problema não era falta de talento e de qualidade, nem sequer o de não haver tradição de se criar terror português. Queríamos encontrar os criadores e a sua obra sem ter de abrir duas portas erradas para chegar à certa. Mostrar que eles existem, dar-lhes palco e deixar a porta aberta para os que hão de vir. Os deuses (ou os demónios) fizeram com que os nossos caminhos se cruzassem e, numa conversa curta que se transformou numa longa e produtiva primeira reunião de trabalho, lançámos a primeira pedra deste site.»
Em destaque, para já, uma entrevista com André Caetano, autor de banda desenhada e ilustrador, sobre o livro Volta: O segredo do Vale das Sombras (com argumento de André Oliveira), um perfil de Luísa de Jesus, nascida no século XVIII e conhecida como a primeira serial killer portuguesa, e uma entrevista com David Soares, um dos mais conhecidos (e um dos mais criativos e conhecedores) escritores portugueses cujo imaginário anda pelas veredas do horror, quer na ficção, quer na reflexão e no ensaio. A partir de agora, a Fábrica do Terror tem as portas abertas.